O Excesso de peso atinge pessoas de todas as idade e os casos de obesidade têm vindo a aumentar, aparentemente por razões genéticas agravadas pelo estilo de vida. A obesidade, uma forma acentuada de excesso de peso, é favorável ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e outras complicações graves de saúde.
Como se determina ou diagnostica a obesidade e a pré-obesidade?
A obesidade e a pré-obesidade são avaliadas pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Este índice mede a corpulência, que se determina dividindo o peso (quilogramas) pela altura (metros), elevada ao quadrado.
O IMC calcula-se a partir da seguinte fórmula: IMC = peso (Kg) / (altura x altura) (m)
IMC > 18 < 25 Kg/m2 Normal
IMC > 25 < 30 Kg/m2 Excesso de Peso
MC > 30 < 35 Kg/m2 Obesidade moderada (grau I)
IMC > 35 < 40 Kg/m2 Obesidade grave (grau II)
IMC > 40 Kg/m2 Obesidade mórbida (grau III)
Não aplicado a atletas, crianças e mulheres grávidas ou a amamentar.
No entanto, em certos casos, nomeadamente nos atletas, nos indivíduos com edemas e com ascite (hidropisia abdominal), o IMC não é fiável na medição da obesidade, pois não permite distinguir a causa do excesso de peso.
Como se afere a obesidade nas crianças?
O diagnóstico de excesso de peso e de obesidade em função do IMC em crianças e adolescentes não é aplicável com as regras do adulto, devido às características dinâmicas dos processos de crescimento e de maturação que ocorrem durante a idade pediátrica.
Contrariamente ao adulto, em que é possível definir exatamente a pré-obesidade e a obesidade, na criança e no adolescente, com as velocidades de crescimento que registam, em ambos os sexos, uma enorme variabilidade inter e intraindividual, tal não é possível.
Assim, o valor do IMC em idade pediátrica deve ser percentilado e tem como base tabelas de referência:
Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 85 e inferiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da pré-obesidade; Valores de IMC iguais ou superiores ao percentil 95 permitem fazer o diagnóstico da obesidade.