Gaio - Rosário

Freguesia desde 1984 - A partir de 2013 integra a União de Freguesias do Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos - Território: 352 ha - População: 1227 habitantes (censos 2011)

gaiaorosarioBrasão

Escudo de azul, barco varino de ouro, realçado de negro, mastreado e cordoado de ouro e vestido de prata, vogando sobre campanha diminuta ondada de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: " GAIO - ROSÁRIO ".

 

História
gaioA freguesia parte de uma implantação alcandorada, com formação em anfiteatro, aberto para o rio, criando um espaço de receção de atividades ligadas às funções ribeirinhas, de passagem de mercadorias, para um crescimento no sentido do interior do território, apoiado nos caminhos e estradas que lhe servem de ligação regional.
Na freguesia do Gaio-Rosário foi descoberto um povoado pré-histórico do Neolítico Antigo, com uma cronologia de seis mil anos. Depois desta época só no início do século XVI, com a notícia da existência de uma povoação de 10 moradores designada por Quinta de Martim Afonso, voltamos a ter informações sobre a freguesia.O núcleo populacional, no entanto, só no século XX viria a ter expressão significativa.
As principais atividades económicas das populações do Gaio e do Rosário foram, durante décadas, as atividades ribeirinhas. Destas destaca-se a apanha das famosas ostras do rio Tejo, mas também o transporte dos mais diversos produtos entre as duas margens ou ao longo do rio.
Da intensa atividade de outros tempos a freguesia conserva, actualmente, o estaleiro naval, a fábrica de velas para barcos e o Posto de Depuração de Ostras do Tejo.

 

Património:

Capela de N.ª Sr.ª da Graça

Mandada construir em 1532, por Cosme Bernardes de Macedo, fidalgo da Casa Real e proprietário da Quinta de Martin Afonso, a Capela do Rosário, dedicada a S. João Evangelista, apresenta uma interessante porta manuelina.

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Capela

 

Estaleiro

Propriedade de José Francisco Lopes, neste estaleiro ainda se contínua a trabalhar segundo as técnicas artesanais da construção naval.
O estaleiro dedica-se, hoje em dia, à reconstrução de antigas e tradicionais embarcações do rio Tejo, que transforma em embarcações de recreio. Nestas embarcações tradicionais podem apreciar-se as típicas pinturas tradicionais, de um delicioso estilo "naif". Os temas pintados pelo Mestre José Lopes e seus primos, João e Luís Reimão, são letras e números coloridos, flores, sereias, santas, touros ou paisagens. Estas pinturas, típicas da área da Moita, embelezam, agora também os barcos tradicionais de concelhos como Vila Franca de Xira, Seixal, Alcochete ou Lisboa.

estaleiro

Estaleiro

Urbanismo

Tal como Sarilhos Pequenos, também a malha urbana do Gaio-Rosário desenvolveu-se em íntima relação com as condições climáticas e as atividades dos seus habitantes, podendo-se observar o tipo de habitação em correnteza, em pátio e de cores garridas.

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Coreto Rosário

Atividades económicas: Agricultura, actividades portuárias, estaleiro naval, comércio e fabrico de velas para barcos, indústria de bacalhau e armazenamento e engarrafamento de gás

Festas e Romarias: Padroeira (Agosto)

Gastronomia: Caldeirada à fragateiro, sopa de peixe e bolo xadrez

Artesanato: Miniaturas de barcos típicos do Tejo construídas em madeira e em cortiça (A antiga actividade fluvial está hoje viva na memória dos marítimos, homens que desde sempre viveram ligados aos barcos, e que constroem laboriosamente, as miniaturas das embarcações da sua memória).

Orago: Nossa Senhora do Rosário